O combustível é um dos maiores gastos das transportadoras, principalmente devido aos aumentos periódicos que costumam pesar no bolso.
Por isso, saber detalhes sobre o abastecimento da frota é muito importante para auxiliar na tomada de decisão. Saber quais veículos, rotas e até mesmo motoristas são mais econômicos ajuda muito a reduzir custos e aumentar a eficiência da operação.
Por isso preparamos este texto com dicas e estratégias para diminuir o consumo e aumentar a produtividade, acompanhe!
O controle de combustível é gerenciar os gastos dos veículos com combustível, ajudando a diminuir os custos e aumentar a eficiência. Mas também serve para analisar o gasto, desempenho dos veículos, programar gastos e planejar ações assertivas.
O ideal é ter informações registradas de quilometragem, combustível, manutenções, viagens, e o máximo de informações possíveis sobre os veículos.
Com essas informações é possível obter relatórios e analisar os dados para verificar o que pode estar consumindo mais ou menos combustível.
Você pode criar uma rotina de verificação dos dados, seja mensalmente, anualmente ou conforme a necessidade de sua empresa.
Essa verificação é importante, pois vai te mostrar o que está gerando mais custos em sua empresa e pode servir como uma boa fonte de análise.
Nesse momento, um sistema de gestão para transportadoras pode fazer muita diferença tanto na facilidade de registrar dados quanto contar com relatórios para analisar posteriormente.
A definição do trajeto também faz muita diferença para a economia de combustível. A razão disso, como vimos, é que a velocidade constante é um fator importante de redução do gasto.
Assim, mesmo que uma rota seja menor (com menor quantidade de quilômetros), as condições da pista fazem grande diferença.
Por exemplo, se for uma rodovia sinuosa, com aclives e declives, certamente o veículo passará por variações de velocidade. O mesmo vale para rotas em que existem trechos urbanos, com possível circulação de pedestres e restrição de velocidade.
Além disso, optar por horários em que o trânsito flui de forma mais tranquila, sem congestionamentos, é uma estratégia para gastar menos.
Às vezes, em uma tentativa de evitar os custos com pedágio, os transportadores podem optar por rotas mais longas. Ou até mesmo, optar por rotas mais curtas, mas com condições mais precárias.
Rotas mais longas ou precárias por certo resultam em aumento de combustível e prejuízo ao transportador.
Aqui também entram os mesmos aspectos apontados no item de controle de peso, que é o desgaste do veículo e a maior chance de problemas.
Além de garantirem maior segurança, emitindo alertas em caso de veículos que eventualmente saiam da rota ou façam paradas suspeitas, os sistemas de monitoramento permitem outros controles, que ajudam indiretamente na gestão do consumo de combustíveis:
Para um gestor de frotas, o combustível e os custos operacionais e de manutenção são verdadeiros pontos críticos, que precisam de atenção redobrada.
Procurar o melhor preço entre os fornecedores do mercado nem sempre é uma opção segura, em função da quantidade de irregularidades existentes.
No entanto, com a constante flutuação de preços do insumo e as incertezas da economia, que impactam diretamente no número de viagens ou de veículos parados. O controle cuidadoso faz toda a diferença para manter o fluxo de caixa da empresa e os seus resultados financeiros.
Ao fazer um controle adequado do consumo de combustíveis, o gestor consegue, por exemplo, observar o desempenho de cada veículo em determinadas rotas e prever de forma correta o custo por quilômetro, o que significa maior rentabilidade e facilidade de envio de orçamentos e também maior produtividade.
Existem algumas informações que precisam ser acompanhadas para entender o que funciona melhor nos abastecimentos para evitar desperdícios, acompanhe abaixo os principais parâmetros:
Estas são as mais básicas e indispensáveis para controle de combustível da frota. Ela mostra quantos quilômetros a frota ou o veículo percorrem com um litro e é muito importante para medir a produtividade da operação.
Quando a rota tem o valor do frete mais caro, não quer dizer que ela seja mais lucrativa. Alguns trechos de estradas são piores e acabam consumindo mais combustível, por isso é muito importante controlar essa informação.
Outra ação que é importante é evitar desvios de rota, pois eles também irão acarretar na diminuição da produtividade. Por isso também é importante investir na tecnologia da roteirização.
Ferramentas como a telemetria podem ser utilizadas para medir o desempenho dos motoristas e ajudar a identificar o que está causando o maior consumo de combustível. Com essas tecnologias é possível acompanhar medidas como:
Usar a telemetria para identificar essas condutas e com esses dados é possível tomar medidas para incentivar a condução econômica. Várias empresas utilizam premiações para motoristas que atingem a meta, como brindes, presentes e até bonificação financeira.
Ao fazer a manutenção preventiva e preditiva em dia, é possível detectar eventuais falhas mecânicas e desgastes que poderiam levar o veículo a consumir mais combustível.
Nunca adie a manutenção preventiva do veículo. Mesmo que ele não apresente problemas aparentes, é importante verificar se existem desgastes em peças ou resíduos no tanque, que possam fazer com que o gasto de combustível aumente.
Por isso, tenha atenção aos prazos de manutenção e verifique todos os detalhes relativos ao veículo, das condições dos pneus até possíveis danos nas peças do motor ou sistema de frenagem.
Preste atenção no estado dos pneus e na calibragem deles. Pneus murchos apresentam mais atrito com o solo, dificultando a rolagem, o que faz com que mais combustível seja consumido.
Parece um mínimo detalhe, mas o consumo de combustível aumenta em até 20% se os pneus não estiverem devidamente calibrados.
Vale destacar que a calibragem adequada dos pneus é essencial, pois se houver pouca pressão, o veículo apresenta maior resistência ao rolamento, o que força o motor a consumir mais combustível.
O correto alinhamento das rodas também faz toda a diferença.
Você sabia que ao sobrecarregar o veículo, com a intenção de supostamente economizar com a quantidade de viagens, a tendência é de que o consumo de combustíveis aumente?
Manter o controle adequado de cargas é fundamental para evitar o desperdício do insumo, além de afastar o risco de comprometimento mecânico.
Quando o veículo está carregado, o motor precisa de mais força para levar a carga, o atrito dos pneus também aumenta e por consequência o consumo de combustível também.
Então, carregar mais o veículo para economizar nas viagens, pode não ser uma boa ideia, uma vez que o veículo irá consumir bem mais combustível.
Sem falar do maior desgaste das peças, maior chance de problemas, riscos de acidentes e talvez a pior de todas: multas por excesso de peso.
Nunca rode com excesso de carga nem com as embalagens armazenadas de forma inadequada. Isso pode causar mais peso de um dos lados do veículo e, além de aumentar o risco de acidentes, também causa sobrecarga no motor.
É importante conhecer os motoristas e a forma como cada um deles dirige, pois fatores como velocidade, rotação do motor, e até mesmo uso do freio e embreagem podem influenciar o consumo de combustível.
Sabendo quais veículos e motoristas são mais econômicos ou que possuem um melhor desempenho, é possível planejar os custos e entender que nem sempre uma mesma rota irá gerar o mesmo número de despesas.
Ao traçar as rotas dos veículos, avalie os postos de serviços presentes no trajeto.
Escolher somente em função do preço é um grande erro, pois combustíveis fora de especificação podem danificar peças do motor e causar grandes despesas com manutenção, além do risco de perda de cargas perecíveis — caso o caminhão precise de reparos urgentes, durante a viagem.
Em caso de dúvida, o motorista deve ser orientado a solicitar que o posto faça o teste volumétrico, na hora do abastecimento.
Importante esclarecer que a legislação do Inmetro permite uma pequena variação no volume de combustível fornecido ao consumidor, que é de 60 ml a menos ou 100 ml a mais.
Além das práticas acima mencionadas, existem algumas dicas que não são tão óbvias, principalmente para os iniciantes, confira abaixo:
Além de escolher com critério os locais para abastecer, é fundamental que tanto a transportadora quanto o motorista adotem alguns cuidados.
Por exemplo, se o veículo for ficar parado por algum tempo (seja para manutenção, seja por ociosidade da empresa), o combustível no tanque pode sofrer degradação.
Outro caso frequente é quando o veículo permanece muito tempo estacionado em locais com incidência direta de sol. O calor pode fazer com que parte do combustível evapore.
Quando esse vapor se condensa, há risco de comprometer a qualidade do biodiesel, que absorverá a umidade.
Oriente a equipe para que o abastecimento seja feito na parte da manhã. Ao longo do dia, o calor e os raios de sol incidentes nos tanques subterrâneos de armazenamento de combustíveis podem fazer com que ocorra uma dilatação volumétrica.
Quanto mais frio, maior a densidade do produto (tanto gasolina quanto diesel). Portanto, é melhor encher o tanque mais cedo.
Não aguarde o tanque do veículo ficar na reserva antes de reabastecer, já que isso pode fazer com que exista mais espaço para o combustível evaporar.
No caso do diesel, essa recomendação é especialmente importante, pois, como explicamos, o biodiesel pode absorver a umidade e, com isso, formar resíduos prejudiciais.
No Brasil, existem dois tipos de diesel, o S500 e o S10, cuja diferença é o teor de enxofre e o preço — o S10 é mais caro.
Então, seria uma boa ideia abastecer somente nos postos que comercializam o S500, com valor menor? Não, a resposta é negativa.
Apesar de o preço desse combustível ser mais barato, ele não é indicado para todos os veículos. Caminhões fabricados depois de 2012 devem, obrigatoriamente, utilizar o S10, pois o seu motor é otimizado para isso.
Ao definir qual combustível utilizar, avalie todos esses detalhes. Veículos mais antigos rodam melhor que o S500, mas fique atento, pois em breve esse tipo de combustível deixará de ser comercializado.
É comum vermos notícias sobre adulteração de combustível, sendo que infelizmente esta é uma prática comum em vários postos e acaba provocando o aumento no consumo do combustível, sem falar que a má qualidade do combustível pode comprometer o funcionamento do veículo.
Por isso, é importante abastecer em um posto confiável que ofereça um combustível de qualidade.
Com um bom controle de combustível, você poderá analisar quais combustíveis, e de quais postos, foram os que tiveram um rendimento melhor.
A resistência do ar também contribui para que o consumo de combustíveis seja maior. Isso acontece em função do vento, que exerce pressão contrária ao movimento do veículo, fazendo com que o motor seja mais exigido, consequentemente utilizando mais combustível.
Para reduzir esse problema, o ideal é que sejam instalados defletores de ar superiores, laterais e traseiros no caminhão, além de calotas para as rodas dianteiras e traseiras.
Outra dica para diminuir a resistência do ar é que os veículos rodem sempre com os vidros fechados — porém, se para isso for necessário ligar o ar-condicionado, não existe tanta vantagem.
Além de facilitar o controle de combustível, um sistema de gestão possui integração com outros programas, que pode economizar tempo no lançamento.
O Bsoft TMS, por exemplo, é um sistema de gestão de transportadoras que permite acompanhar todas as informações importantes sobre a empresa, além de poder ser integrado com outros sistemas para que a despesas de abastecimentos seja importada de forma automática.
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