Entender como funciona o sistema de transporte no brasil pode ser muito importante para gestores e outras pessoas que trabalham com logística e transporte de mercadorias.
Costumamos lembrar mais do transporte rodoviário quando falamos de logística no Brasil, que de fato é o mais relevante atualmente, mas nada impede saber um pouco mais sobre as outras modalidades.
É o que buscamos com este texto, trouxemos informações relevantes sobre os meios de transporte do Brasil com destaque para o transporte rodoviário, acompanhe!
A evolução dos meios de transporte no Brasil está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico, social e político do país, refletindo suas diferentes fases históricas.
Nesta época, os meios de transporte predominantes eram o aquaviário e terrestre rudimentar. Os rios e o litoral eram as principais vias de transporte, devido à precariedade das estradas.
As poucas estradas existentes eram trilhas abertas no meio da mata, conhecidas como “caminhos”, onde animais de carga (burros e cavalos) eram usados para transportar mercadorias e pessoas
A logística era voltada para o escoamento de produtos agrícolas, como açúcar e ouro, para os portos e, de lá, para a Europa.
A primeira ferrovia foi inaugurada em 1854 por iniciativa de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá (Estrada de Ferro Mauá, no Rio de Janeiro). Isto deu início a expansão de ferrovias conectando regiões produtoras ao litoral para escoamento de café.
Enquanto isso, o transporte terrestre continuava limitado a animais de carga e algumas carroças e com pouca ou nenhuma infraestrutura de estradas.
No transporte aquaviário ainda predominava para viagens mais longas, com barcos a vapor sendo introduzidos em rios como o Amazonas.
Nesta época, houve o crescimento das ferrovias, especialmente em São Paulo e Minas Gerais, impulsionado pelo café. Porém, elas eram desconectadas e concentradas em áreas econômicas estratégicas, deixando o interior desassistido.
No início do século XX, surgem os primeiros automóveis no Brasil, mas as estradas eram praticamente inexistentes e o transporte costeiro continuava sendo importante para conectar diferentes estados.
Nesta fase, foram realizados os primeiros esforços sistemáticos para construir rodovias, como a Via Anchieta (1947) e a Rio-Petrópolis, como uma tentativa de incentivo ao transporte rodoviário em detrimento do ferroviário.
Este processo também foi intensificado pelo começo da expansão da indústria automobilística no Brasil, com a popularização de caminhões para transporte de cargas.
Já na aviação, foi criada a fundação da VARIG (1927) e outras empresas marcaram o início da aviação comercial no Brasil.
O governo de Juscelino Kubitschek priorizou o transporte rodoviário com construção de rodovias como a BR-101 e a BR-040, integração do território nacional e instalação das primeiras montadoras de automóveis, como Volkswagen e Ford.
Em contrapartida, os investimentos no transporte ferroviário diminuíram drasticamente já que o foco mudou para o transporte rodoviário.
Grandes projetos rodoviários, como a Transamazônica e a BR-163, para integrar o interior do Brasil e fomentar o desenvolvimento regional. A prioridade ao rodoviarismo consolidou a dependência do Brasil de caminhões para transporte de cargas.
Neste período, houve também a expansão de aeroportos e da aviação comercial com a criação da Infraero (1973).
Houve retomada de investimentos em ferrovias, com projetos como a Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL).Também houve o crescimento do transporte aéreo, com maior acessibilidade e expansão de rotas regionais.
Em contrapartida a melhora de alguns aspectos, novos problemas surgiram, como o congestionamento em grandes corredores logísticos e aumento dos custos com pedágios e combustíveis.
Atualmente, as rodovias ainda predominam no transporte de cargas e passageiros, mas enfrentam desafios de infraestrutura. Enquanto as rodovias são usadas devido a relevância no transporte de commodities.
A aviação teve expansão significativa, especialmente para o turismo e transporte rápido de cargas. Porém nas hidrovias houve avanços pontuais, mas ainda carecem de maior integração e investimentos.
A evolução dos transportes no Brasil reflete as mudanças nas prioridades econômicas e no uso do território, mas ainda enfrenta desafios para alcançar maior integração e sustentabilidade.
No Brasil, os tipos de transporte disponíveis abrangem uma ampla variedade de modalidades, atendendo a diferentes necessidades de deslocamento de pessoas e bens.
Transporte mais utilizado no Brasil. Inclui veículos particulares, ônibus intermunicipais e interestaduais e caminhões para transporte de cargas. A rede rodoviária é extensa, mas com infraestrutura desigual em diferentes regiões.
Usado principalmente para transporte de cargas, como minério de ferro, soja e outros produtos agrícolas.
Pouco utilizado para transporte de passageiros, com exceções como o metrô e trens urbanos em algumas cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, etc.) e projetos turísticos (como o Trem da Serra do Mar no Paraná).
Utilizado para transporte de passageiros e cargas de alta urgência ou valor.
Aeroportos conectam grandes cidades e regiões mais remotas, como a Amazônia, por meio de aviões comerciais, cargueiros e aviões de pequeno porte.
Crescimento de companhias aéreas regionais para ampliar o alcance em áreas menores.
Sistema de transporte de líquidos, gases e sólidos granulados por meio de tubulações. Muito usado para petróleo, gás natural e produtos químicos.
Por sistemas de transporte, também entende-se os softwares utilizados pelas empresas de logística Esses sistemas ajudam a gerenciar a movimentação de cargas, reduzir custos, melhorar prazos e oferecer maior rastreabilidade. Aqui estão cinco dos principais tipos:
Sistema especializado na gestão de transporte. Permite planejar, executar e acompanhar as operações de transporte.
Funcionalidades principais:
Sistema de gestão de armazéns, que também impacta o transporte ao integrar processos de expedição e recebimento.
Funcionalidades principais:
Sistemas integrados de gestão empresarial que incluem módulos específicos para transporte e logística.
Funcionalidades principais:
O YMS (Yard Management System) é um sistema de gestão de pátios utilizado por empresas de logística para controlar e otimizar a movimentação de veículos, cargas e contêineres em pátios e centros de distribuição. Ele complementa sistemas como o TMS (Transportation Management System) e o WMS (Warehouse Management System), desempenhando um papel fundamental na logística operacional.
Soluções especializadas para otimização de rotas e acompanhamento de entregas.
Funcionalidades principais:
Esses sistemas são frequentemente integrados, formando um ecossistema eficiente que abrange desde o planejamento até a execução e análise dos processos logísticos. Empresas que investem em tecnologias como essas conseguem maior competitividade, agilidade e qualidade nos serviços prestados.
O transporte rodoviário foi o que se desenvolveu primeiro. A princípio, usava a força humana e, depois, a de animais para deslocar as cargas e as pessoas, com ou sem o auxílio de veículos. A partir da Revolução Industrial, surgiram os primeiros veículos movidos a motor. E assim entramos na Era do Automóvel.
Os elementos do sistema de transporte rodoviário são:
Via terrestre é a superfície sobre a qual se movimentam pessoas, animais e veículos.
Em relação às vias urbanas, temos:
Quando falamos em vias rurais, existem:
As rodovias podem ser federais (denominadas sempre pelas inicias BR, de Brasília) e as estaduais (denominadas geralmente pelas iniciais do estado ao qual pertencem, como AL, BA, RJ, RO).
Especificamente em relação ao transporte de cargas, temos os seguintes veículos:
Os terminais do modal rodoviário, conforme a finalidade, podem ser de:
Conforme a propriedade e uso, eles podem ser:
Em relação aos terminais de transporte de carga, existem muitos terminais logísticos ligados por rodovias.
O sistema rodoviário dispõe de controles que envolvem, além dos veículos:
Apesar dos desafios, o sistema de transporte rodoviário de cargas é uma opção funcional para empresas de diferentes portes e segmentos.
Nesse tipo de modal, é possível fazer entregas mais rápidas (door to door) e as encomendas passam por menos etapas de manuseio e movimentação, o que reduz os riscos de avarias.
Por isso, é importante conhecer o potencial desse sistema bem como seus problemas para fazer um planejamento adequado e ter uma operação logística de alta performance.
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